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Sobre vírus que convertem metano em etileno


Uma equipa de cientistas da empresa Siluria Technologies anunciou recentemente o desenvolvimento de vírus geneticamente modificados que convertem metano em etileno mais eficientemente e recorrendo a temperaturas bastante inferiores ao que era possível até agora.

O etileno é largamente utilizado na produção de plásticos, solventes e fibras e é essencial também num vasto conjunto de produtos industriais e comerciais. A sua produção tem sido realizada por meio do steam cracking (cracking por vapor) do petróleo desde a invenção deste método no século XIX. Para se quebrar os hidrocarbonetos do petróleo em moléculas como o etileno (steam cracking) são necessárias altas temperaturas e muita energia.

O elemento-chave desta nova metodologia reside no facto de o vírus criar novelos de nanofios cobertos de catalisador (hairball) que possibilitam uma área superficial grande o suficiente para que a energia necessária para as reacções seja substancialmente reduzida.

Segundo os cientistas da Siluria Technologies a redução de temperatura situa-se na ordem de 200 a 300 ºC face às temperaturas necessárias no steam cracking.

FONTE: The New York Times – Science – 28/06/2010