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Sobre a indústria no Brasil (e em Portugal), no ano de 2000

Dando continuidade à colecta de dados na página da Organização para o Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (UNIDO), publico a composição de indústria brasileira no ano 2000.
Decidi preparar um gráfico respeitante à composição da indústria brasileira nos mesmos moldes que fizera para a indústria portuguesa, isto é , filtrada a partir dos sectores de interesse profissional do engenheiro químico.
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A partir do gráfico acima é possível perceber que o sector da produção de químicos era o mais expressivo em 2000, com uns impressionantes 12% de representação na indústria nacional. Logo a seguir, e bem destacado também,  surgia o sector alimentar, com 8%, enquanto que o terceiro lugar estava praticamente repartido entre indústria do papel e a indústria cervejeira.
Com alguma surpresa se regista que no ano 2000 a indústria da madeira representava somente cerca de 1% da indústria brasileira.
Embora Portugal e Brasil vivam em realidades distintas quer em termos de dimensão, desenvolvimento, riqueza de recursos e potencial avaliado, é irresistível comparar as indústrias dos países, aquando do ano 2000, em termos de sectores de engenharia química.
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Começando pelos desiquilíbrios, é por demais evidente a disparidade da expressão do sector químico nos dois países em 2000, com o Brasil a apresentar uma indústria química 3 vezes mais representativa para a indústria nacional do que Portugal.
Por outro lado, Portugal tinha em 2000 um sector têxtil quase 3 vezes mais expressivo para a indústria nacional do que o Brasil, sector que, como se mostrou, sofreu forte quebra nos anos que se seguiram.
Uma semelhante disparidade era verificada na indústria da madeira e cortiça, com a indústria portuguesa a depender cerca de 3 vezes mais desse sector do que o Brasil.