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Sobre trechos do livro Capitalismo Natural: Dow Chemical

Não se tratando de um livro cujo tema se esgota exclusivamente no universo da engenharia química, Capitalismo Natural, da autoria dos norte-americanos Paul Hawken, Amory Lovins e L. Hunter Lovins, é um livro que apregoa a “Próxima Revolução Industrial”, algo que certamente é do interesse dos engenheiros químicos.
Aproveito para partilhar alguns trechos desta obra, que espero que sirvam de incentivo à leitura deste livro tão interessante.
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A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E A DOW CHEMICAL
A suposição comum, segundo a qual os retornos diminuem – mais eficiente é sinónimo de mais custoso, as poupanças baratas se exaurirão rapidamente, a eficiência é um recurso em retracção, não em expansão – paralisa a acção. Mas a experiência concreta é um forte antídoto.
Em 1981, a divisão de Luisiana da Dow Chemical, com 2400 empregados, começou a pesquisar novas economias. O engenheiro Ken Nelson organizou um concurso interno de propostas para poupar energia que suscitassem pelo menos 50% de retorno de investimento (RDI) por ano. Os 27 projectos do primeiro ano chegaram a uma média de RDI de 173%. Nelson ficou admirado e imaginou que o resultado positivo tivesse sido acidental. No ano seguinte, porém, 32 projectos atingiram, em média, 340% de RDI. Doze anos e quase 900 projectos depois, os empregados alcançaram (em 575 projectos submetidos avaliação) um RDI de 204%. Nos últimos anos, tanto o retorno quanto a poupança estavam crescendo – nos 3 finais, o prazo médio de retorno caiu de 6 para apenas 4 meses – pois os engenheiros aprendiam mais depressa do que exauriam as oportunidades menos custosas. Em 1993, todo o conjunto de projectos, somados, pagava aos accionistas da Dow 110 milhões de dólares por ano.