O mercúrio encerra um problema de saúde mundial, fruto dos múltiplos problemas de saúde que acarreta para o ser humano. A ingestão deste metal tóxico pode provocar problemas neurológicos, complicações renais e cancro.
A entrada no organismo dá-se normalmente pela via da ingestão de peixe proveniente de meios aquáticos poluídos, mas também devido à inalação de emissões industriais, de que é exemplo a mineração de ouro em países como as Filipinas ou a Bolívia.
A aferição da presença e quantidades de mercúrio no organismo humano pode ser feita através de análises ao sangue, à urina ou ao cabelo, mas é difícil identificar qual a proveniência desse mercúrio. Nos últimos anos, investigadores levaram a cabo estudos a respeito desta indefinição, que consistiram a utilização de isótopos de mercúrio como "impressões digitais" das diferentes fontes possíveis de contaminação. Depois, foram feitas, com sucesso, análises aos cabelos de diferentes populações com vista a clarificar a proveniência do mercúrio presente.
O projecto revelou-se promissor em relação ao uso do cabelo humano como objecto das análises. Esta técnica é menos invasiva que as demais e permite identificar claramente a fonte da contaminação com mercúrio.
Fonte: C&En