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Sobre a poluição ambiental e a cidade de Durban

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Está prestes a terminar, na cidade sul-africana de Durban, a conferência "Durban Climate Change Conference" que era subordinada ao temo da implementação do "Protocolo de Quioto", do "Plano de Acção de Bali" e dos "Acordos de Cancun", todos em torno de questões ambientes.
A sul da cidade de Durban situa-se uma zona cujo nome indica precisamente isso: South Durban. Esta zona combina combina duas características que têm vindo a verificar-se problemáticas: densidade populacional e densidade industrial.
South Durban possui 2 refinares de crude, 2 das maiores fábricas de pasta de papel do país, o maior porto de carga e dezenas de complexos químicos. No total, Durban South produz 80% dos produtos petrolíferos da África do Sul e uma boa parte da poluição atmosférica nacional.
Segundo uma associação local de residentes, 50% da população de South Durban tem problemas respiratórios. A região tem os índices mais elevados de cancro e asma provocados por níveis de poluição atmosférica que seriam  alegadamente inaceitáveis nos EUA ou na União Europeia.
A principal crítica às empresas internacionais é precisamente a discrepância de política ambiental e critérios de poluição entre as fábricas destas empresas localizadas na União Europeia, por exemplo, e no continente africano.
Em conclusão, o caso verificado em South Durban personifica os desafios que persistem em termos da implementação políticas e regras ambientais globais e padronizadas, que sirvam o planeta como um todo, mais do que esta ou aquela região do mesmo.
No âmbito da indústria química, julgo que exemplos como este devem servir de desafio para os engenheiros intensificarem a busca por processos e tecnologias verdes, a partir das quais fábricas e 285 mil pessoas (população de South Durban) possam conviver saudavelmente.
Fonte: The Guardian