Há algum tempo atrás, foi publicado aqui no BEQ um resumo de um artigo de opinião assinado por Graeme Amstrong, intitulado que se centrava da na ideia de "Química Boa" ('Sobre a "química boa", por Graeme Armstrong')
Mais recentemente, um post de Jyllian Kemsley, no blogue The Safety Zone, toca num ponto importante sobre esse mesmo assunto: o facto de moléculas aparentemente inócuas poderem revelar-se nocivas e mortais para o ser humano. Exemplos? Água e Oxigénio.
Água:
"A água é solvente essencial onde os componentes celulares estão dissolvidos. No geral, o corpo humano é 60% água, mas a distribuição difere no corpo: noss ossos 22%, no cérebro 70%, no sangue 83%." Devido a esta forte presença da água no organismo humano, que nos faz reconhecê-la como vital, facilmente pode passar despercebida a ideia de que a presença excessiva de água no organismo pode ser mortal. "Se um ser humano consumir mais água do que aquele os seus rins podem tratar e há lugar a um aumento de fluidos corporais que podem causar hiponatremia. Em casos extremos a água entra indevidamente em zonas/células do corpo e pode causar lesões, coma e morte, até."
Oxigénio:
Embora a sociedade em geral reconheça a importância individual do oxigénio, o "corpo humano só está preparado para respirar em ambientes com 20% desse gás. Quando a respiração se dá sob maiores concentrações de oxigénio, complicações como a hiperoxia podem aparecer. O aumento de concentração de oxigénio nas células para 50% pode provocar lesões nos pulmões e nos olhos, e pode intoxicar o sistema nervoso central."
São estes dois casos elucidativos do modo como os produtos químicos não são nem bons nem maus por si, devendo a sua avaliação ser feita sobretudo em termos das concentrações envolvidas. Como afirmou Paracelso, no séc. XVI, 'Tudo é veneno e nada é veneno, só a dose faz o veneno'. Esta máxima é importante no contexto de qualquer produto químico.