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Sobre as reações de Fenton e a sua aplicação em meios aquosos




Processos que envolvem a reação catalítica entre o peróxido de hidrogénio e iões metálicos, na maior parte dos casos Fe2+, são conhecidos como processos do tipo Fenton. 

 Esta designação deve-se ao químico britânico Henry Fenton, que observou pela primeira da reactividade deste sistema em 1876. Apesar de haver feito no séc. XIX, apenas em 1930 foi proposto um mecanismo reacional para o mesmo, baseado em radicais hidroxilo (OH). Desde essa altura têm vindo a decorrer investigações visando explorar a aplicação do reagente de Fenton na degradação de compostos orgânicos dissolvidos em meios aquosos. 

O processo baseia-se na reação de oxidação do ião Fe2+ a Fe3+ com H2O2 e a subsequente geração de radicais OH. São estes radicais OH que podem reagir com matéria orgânica, oxidando-a até se atingir a sua mineralização através da redução de Fe3+ a Fe2+.

Os processos de Fenton são aplicados na descoloração de efluentes contendo pigmentos provenientes dos mais variados processos, mas também na descontaminação de efluentes contendo compostos perigosos, tais como herbicidas (paraquato, por exemplo).