Encontra-se em debate na Europa a questão do teor de chumbo em tubagem de PVC, a qual é amplamente usada em sistemas de abastecimento e tratamento
de águas, assim como canalizações domésticas.
Se por um lado se têm verificado esforços no sentido de
incluir alguns compostos à base de chumbo na lista de produtos a restringir no
âmbito do REACH, por outro lado alguns destes compostos são usadas como agentes
estabilizantes do PVC, e também em outras aplicações como baterias, cristais,
cerâmicas, produtos de borracha e aditivos de combustível.
No caso específico do PVC, a inclusão de agentes estabilizantes
à base chumbo na lista de restrições afectará um compromisso assumido por esta
indústria no sentido de aumentar significativa a reciclagem de tubos de PVC. A indústria europeia de PVC compromeute-se na conferência
das Nações Unidas Rio +20 prevê a reciclagem anual de 800 mil toneladas de PVC em
2020, contra as 255 mil conseguidas em 2010.
Os estabilizantes de natureza metálica são usados no
processo de produção de PVC para endurecer este material durante as fases de
produção e moldagem, e ainda como agentes que previnem a perda de lustro devido
à exposição solar.
A problemática do chumbo na tubagem de PVC relativamente à
saúde humana surgiu com ênfase nas décadas de 70 e 80, quando este material começou
a substituir canalização metálica pela sua vantagem económica.
Actualmente, a tubagem em PVC apresenta concentrações de
chumbo 70% inferiores relativamente à geração desta material anteriormente
comercializada. Os estudos realizados até ao momento indicam que a actual
concentração não provoca efeitos nocivos comprovados para saúde humana.
Fonte: Euroactiv