"Tal como se verificou na maior parte dos países, também em Portugal o arranque expressivo da indústria química se iniciou com a fabricação de adubos no estuário do Tejo, impulsionado por razões de mercado (fornecimento a uma das actividades económicas mais importantes da altura - a agricultura), e ainda pela existência de matérias primas (pirites), no sul do País.
Para além disso, outras acitvidades químicas mais ligeiras foram sucessivamente surgindo:
- quer por solicitação do mercado, como tintas e vernizes, e os sabões e produtos de limpeza, que se instalavam junto dos grandes centros populacionais;
- quer por impulso de uma oferta de matéria prima, como a pasta de papel e os resinosos, cujo aproveitamento industrial se localizava preferencialmente em várias zonas do litoral centro;
- quer ainda pela conjugação simultânea do conhecimento do fabrico e do mercado, como as iniciativas surgidas para a produção de alguns aditivos para o sector têxtil, na área a norte do Porto, onde se concentra a indústria têxtil algodoeira."
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O trecho citado foi extraído da seguinte publicação:
de Fernando Ramôa Ribeiro
Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 174
Editor: Escolar Editora