No seguimento de se ter dado conta neste blogue da quebra de competividade do gás natural brasileiro em relação ao gás de xisto norte-americano, surgem os consequentes ecos da indústria petroquímica brasileira, pela voz de Pedro Freitas, diretor the planeamento estratégico da Braskem.
Segundo Pedro Freitas, 80% da matéria-prima da Braskem é nafta, produto que neste momento vive uma situação particular, já que é mais dispendiosa a aquisição directa do que a sua síntese a partir de gás natural norte-americano. Os números desde 2007 são claros: uma quebra de 300 dólares/ton no preço praticado pelos norte-americanos, e uma subida de 300 dólares/ton no preço dessa matéria-prima no Brasil. Por este motivo, 75% do custo de produção da Braskem está relacionado com a aquisição de matéria-prima.
A perda de competividade da indústria química brasileira tem uma consequência directa: aumento de importações e desiquilíbrio na balança comercial de químicos, a qual exibirá em 2013 um déficit no valor de 32 mil milhões de dólares.
Do lado da indústria petroquímica clama-se por uma redução no preço do gás natural brasileiro, dos atuais 12 dólares por BTU para 5 dólares por BTU. Ainda assim, o preço norte-americano situa-se nos 3.5 dólares por BTU.
Fonte: BNamericas