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Sobre o desenvolvimento das indústrias farmacêuticas e correlatas no Nordeste do Brasil


Um dos setores mais aquecidos na região é a indústria de produtos químicos e farmacêuticos. Em Goiana, a 60 quilômetros de Recife, no norte de Pernambuco, um novo polo farmacoquímico deve ser concluído até 2016. Numa área de 287 hectares, estão sendo instaladas 11 empresas de remédios e biotecnologia — um investimento total de 1 bilhão de reais que criará 1 443 novos empregos.

Entre as companhias que vão desembarcar na região estão Hemobrás, Normix, Vita Derm, Hair Fly, Rishon, Brasbioquímica, Luft Logistics, White Martins, Quantas Biotecnologia, Biologicus e Multisaúde. “Estamos em um trabalho proativo de captação de investimentos”, afirma Jenner Guimarães, diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).

A âncora do projeto será a fábrica de hemoderivados da Hemobrás, estatal do Ministério da Saúde que pretende tornar o Brasil autossuficiente na produção de medicamentos para hemofilia e para portadores de imunodeficiência genética, cirrose, câncer, aids e queimaduras.

A fábrica, que deve entrar em funcionamento ainda neste ano, recebeu aportes de 800 milhões de reais e vai gerar 362 empregos diretos e 2 270 indiretos.

“A instalação no Nordeste é uma estratégia do governo federal para descentralizar investimentos e estimular o desenvolvimento técnico-científico além do eixo Sul-Sudeste”, diz Romulo Maciel Filho, presidente da Hemobrás. Em breve, será aberto um concurso para preen­cher parte dessas posições.
Ainda em Pernambuco, em Jaboatão dos Guararapes, a suíça Novartis vai construir sua primeira fábrica de vacinas no Brasil. A unidade, que deverá iniciar a operação ainda neste ano, custará 300 milhões de dólares, o maior investimento já feito pela farmacêutica no país. Com a nova unidade, 120 vagas serão abertas.

A demanda por profissionais qualificados é tanta que a Novartis montou, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um curso de pós-graduação em fabricação de medicamentos, oferecido gratuitamente à comunidade.

No Ceará, em Eusébio, região metropolitana de Fortaleza, começa a sair do papel o Polo Tecnológico de Saúde, com geração de 2 000 empregos e investimento inicial de 310 milhões de reais. No local, funcionarão empresas como Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), CTI Renato Archer e a cearense Isofarma, além de uma fábrica de vacinas.

Fonte: Exame
Autor: Roberto Cerqueira