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Sobre o sistema de escoamento perpétuo de Robert Boyle (1665 e 1668), que visava violar a 2ª lei da termodinâmica apelando ao truque da capilaridade

As postulações de Clausius e Kelvin-Planck da segunda lei da termodinâmica são formuladas em termos de impossibilidade, e muitos tentaram encontrar maneiras de fazer o impossível. Além disso, em mecânica estatística, a entropia é inerentemente estatística, e a segunda lei da termodinâmica não se aplica de forma absoluta, o que inspirou tentativas de violar sistematicamente a lei. 

Pelo menos desde a Idade Média, os humanos têm tentado produzir máquinas de movimento perpétuo, ou seja, dispositivos que funcionariam para sempre sem a entrada de energia através de trabalho ou combustível. Uma forma comum de tal dispositivo era uma roda "desequilibrada" que deveria ter uma direção de rotação preferencial. Outro foi o vaso perpétuo de Robert Boyle (...) Não pode funcionar porque a pressão hidrostática depende da altura e o fluido no tubo não pode subir acima do fluido no funil.

Fonte: Harvey S. Leff, Energy and Entropy - A Dynamic Duo,  2020, CRC Press
Vaso perpétuo de Robert Boyle

Se Bernoulli acreditava no movimento perpétuo através de líquidos diferentes, já Robert Boyle (1627-91) nutria a crença de que isso era possível por ação capilar. Boyle aparentemente reconheceu na natureza casos cotidianos em que essa “força” era empregada como a única maneira de explicar certos eventos naturais. 

O raciocínio de Boyle foi publicado num artigo no The Atlas, posteriormente republicado na The Mechanic's Magazine em 1827: “Há muitas situações em que há todas as razões para acreditar que as fontes das nascentes nos topos e nas encostas das montanhas dependem no acúmulo de água criado em determinadas altitudes pela operação de atração capilar, atuando em grandes massas de material poroso, ou através de substâncias laminadas.

Fonte: Arthur W. J. G. Ord-Hume, Perpetual Motion, 2015,  Adventures Unlimited Press,


 Porque é que os sistemas de escoamento perpétuo não funcionam?