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Sobre o contributo da engª química na evolução da obtenção de enxofre


Nem sempre existe o bom senso que compreender que uma área industrial como é a engenharia química não é mais responsável pelo surgimento de problemas ou ocorrência de acidentes do que o é para melhoria da qualidade de vida das populações, e para o solucionar de situações precárias capazes de colocar em risco vidas humanas.

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O enxofre é um elemento químico com má fama, dado que paga a fatura de ser responsável por maus cheiros, chuvas ácidas e poluição.A maior fonte de natural de enxofre encontra-se nos solos da ilha italiana da Sicília, ocorrendo em depósitos de gesso (sulfato de cálcio) no estado puro. Ao que se sabe, a sua ocorrência em estado puro não resulta de fenómenos geofísicos, mas antes de processos biogénicos associados à acção de bactérias sobre o ião sulfato. [1]

 O enxofre é um elemento químico essencial para todos os organismos vivos, sendo constituinte importante de muitos aminoácidos. É utilizado em fertilizantes, além de ser constituinte da pólvora, de medicamentos laxantes, de palitos de fósforos e de inseticidas. As plantas absorvem o enxofre do solo como ião sulfato, e algumas bactérias utilizam o sulfeto de hidrogénio da água como doadores de eletrões. As proteínas dependem basicamente do enxofre. [2]

Nos dois vídeos abaixo, apresentam-se duas realidades distintas para a obtenção de enxofre, uma artesanal e intensiva ao nível do trabalho humano encontrada atualmente na Indonésia, e a outra industrial e automatizada encontrada em várias unidades industriais localizadas nos Estados Unidos, China, Canadá.

Na ilha Indonésia de Java, o enxofre é minerado manualmente a partir do interior do vulcão Ljen. Devido aos gases tóxicos, mais de 70 homens morreram em 40 anos de atividade neste local.



A empresa norte-americana Devco transforma enxofre líquido, um produto residual da indústria petrolífera e de gás natural, em pellets sólidos que podem ser transportados em segurança.


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