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Sobre os prós e contras ambientais das embalagens de papel face às de plástico, e a melhor resposta a esta questão segundo Daniel Goleman




« Não que embalagens de papel sejam necessariamente melhores [que embalagens de plástico]. A EPA [Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos] estima que se gasta mais energia e que se polui mais água a produzir embalagens de papel do que embalagens de plástico. Existem prós e contras de ambos os lados do debate papel vs. plástico. As embalagens de plástico, por exemplo, são 100% recicláveis – apesar de nos EUA apenas cerca de 1 em cada 100 ser reciclado.


Um dos estudos pioneiros de Análise do Ciclo de Vida, publicado na Science em 1991, foi uma análise do caso papel vs. plástico enquanto matéria-prima para copos de bebidas quentes, a qual salientou as complexidades de tais comparações:

  • Um copo de papel consome 33 grama de madeira, enquanto que um de poliestireno consome cerca de 4 g de fuel óleo ou gás natural; 
  • Ambos requerem uma variedade de compostos químicos (a análise ignorou os seus impactos para saúde).
  • Produzir um copo de papel consome 36 vez mais eletricidade e gera 580 vezes mais água residual, a qual contém níveis consideráveis de contaminantes como cloro;
  • Por outro lado, ao produzir um copo de plástico gera-se pentano, um gás que aumenta o buraco do ozono e que é um gás que contribui para o aquecimento global.
  • Porém, há também as libertações de metano dos copos de papel em virtude da sua biodegradação em aterros sanitários.
  • Quando a análise salta dos impactos ambientais para os impactos para a saúde humana, a matemática consegue tornar-se ainda mais complexa.

Assim, a reposta inteligente para a questão “papel ou plástico?” é “nenhum deles, eu trouxe a minha própria sacola/embalagem”. »



Fonte: Ecological Intelligence: How Knowing the Hidden Impacts of What We Buy Can Change Everything - Daniel Goleman
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Créditos de imagem: Emmy Smith