A cientista Janine Benyus comenta que as aranhas fazem seda resistente como Kevlar, porém muito mais dura, a partir de grilos e moscas digeridos, sem necessidade de ácido sulfúrico em ebulição, nem de compressores de alta temperatura. O haliote gera uma concha interna duas vezes mais dura que a melhor cerâmica e as diatomáceas fazem vidro, sendo que ambos os processos utilizam a água do mar e dispensam fornos. As árvores transformam a luz do sol, a água e o ar em celulose, um açúcar mais rígido e mais forte que o náilon, e a prendem à madeira, um composto natural com mais poder aglutinante que o concreto e mais rigidez que o aço. Pode ser que nós nunca venhamos a ser habilidosos como as aranhas, os haliotes, as diatomáceas ou as árvores, mas os projetistas mais inteligentes estão se fazendo discípulos da natureza a fim de aprender a química benigna dos seus processos.
Fonte: Capitalismo Natural - Paul Hawken, L. Hunter Lovins, Amory B. Lovins (Livro)
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