No início do século XX, altura que coincidiu com o surgimento da Engenharia Química, Justus von Liebig demonstrou a importância de certos nutrientes para as plantas estabelecendo 3 elementos químicos como essenciais: fósforo, potássio e azoto. Este conhecimento em muito contribuiu para o arranque da indústria dos fertilizantes.
O potássio e o fósforo provêm das actividades de mineração, porém o azoto não existe em quantidades suficientes numa forma assimilável pelas plantas. Neste sentido, o mercado dos fertilizantes deve à engenharia químico um processo de larga-escala no qual se dá uma combinação de azoto com hidrogénio e se obtém amoníaco.
Uma fonte possível de obtenção do hidrogénio necessário de forma barata é através do nafta ou do gás natural, facto que poderá ajudar a evidenciar o modo como a refinação do petróleo influiu no florescimento de outras áreas importantes para a engenharia química.
(fertilizantes e seus potenciais efeitos)
A participação da engenharia química na agricultura, porém, não se resumiu aos fertilizantes. Também nos herbicidas ou no controlo de pestes e pragas, a agricultura beneficiou do lançamento de compostos químicos. No caso particular dos herbicidas, por exemplo, desde logo se verificou vantajosa a sua utilização em detrimento da remoção mecânica de ervas estranhas às culturas, o que não só permitiu uma aceleração dos ciclos de plantio, como também uma poupança de mão-de-obra e trabalho de máquinas agrícolas em cerca de 80%.
Com a devida moderação, o recurso a produtos químicos na agricultura constituiu um importante auxílio para o aumento de eficiência e rendimento das actividade agrícolas, conclusão que aliás desde logo foi percepcionada pelos agricultores, senão veja-se que em 1942 os agricultores americanos usavam cerca de 50 produtos químicos agrícolas enquanto que, pelo ano de 1962, este valor tinha crescido para 200 e no mercado norte-americano haviam já 40 a 50 mil formulações comerciais conhecidas.