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Sobre os zeólitos (1/3)


Estilbite

Em 1756 o mineralista sueco Axel Cronstedt descobriu um mineral (a estilbite) que se expandia (intumescência) quando sujeito a aquecimento. À família que compreendia estes minerais, os aluminossilicatos hidratados, foi atribuído o nome de zeólitos (cunhado a partir do grego com o significado de "pedra que ferve").

Enquanto se mantiveram raros, estes materiais foram usados na joalharia em virtude da beleza dos seus cristais. Porém, o advento da síntese química e a descoberta de bacias sedimentares expandiu o universo de aplicações destes materiais.

Zeólitos sintéticos.

Os primeiros zeólitos sintéticos deram azo a 3 grandes aplicações, à qual se juntou depois uma quarta:

  • Adsorção: secagem de gases refrigerantes e gás natural, e separação de n-/isobutano sobre zeólito A (Processo ISOSIV, 1959).
  • Catálise: isomerização e cracking, através dos zeólitos X e Y.
  • Permuta iónica: substituição, nos detergentes, de polifosfatos poluentes pelo zeólito A.
  • Peneiração molecular: a selectividade conseguida pelos zeólitos, permitiu o desenvolvimento de processos baseados nesta técnica de separação, como o Selectoforming (Mobil, 1968).


A adequação dos zeólitos a estas aplicações deve-se à possibilidade, no processo de síntese, de interferir nas propriedades finais tais como a dimensão dos cristais formados (cristalites), a composição, polaridade, etc.

Peneiração Molecular.


Fonte: Zeólitos - Um nanomundo ao serviço da catálise, por Michel Guinest e Fernando R. Ribeiro (Livro)

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A continuação deste texto pode ser lida na publicação Sobre os zeólitos (2/3).