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Sobre a dramática poluição da cidade de Dzerzhinsk (Rússia) devido à indústria química e ao colapso da União Soviética




Dzerzhinsk é o nome da uma cidade russa (que deve o seu nome ao antigo chefe da polícia soviética, Felix Dzerzhinsk), criada em 1929, e que dista cerca de 400 km de Moscovo.

A cidade chegou a ser considerada a segunda mais poluída do mundo (a primeira é Chernobyl), figurando agora no top 10 mundial, e infelizmente deve essa proeza ao mau acondicionamento de químicos produzidos entre as décadas de 1940 e 1960. De facto, mais de 1150 poluentes tóxicos foram identificados em Dzerzhinsk.


Inicialmente, a cidade esteve ligada à produção de esmalte, fósforo e gases tóxicos, tendo posteriormente mudado para a produção de químicos bélicos como ingredientes de gás mostarda (arsénio e cloro).

Devido à topografia do local, que é propícia à formação de lagoas, os resíduos industriais foram-se acumulando nesses recursos hídricos, o que levou à contaminação da água do subsolo ocupado pela cidade. Estima-se que cerca de 300 mil toneladas de produtos químicas tenham sido lançados nos recursos hídricos envolventes das fábricas aquando dos desmantelamento da União Soviética no entre 1980 e 1990, devido à falência e escassez de recursos para administrar devidamente os resíduos químicos.

Os 260 mil residentes de Dzerzhinsk apresentam uma expectativa de vida cerca de 20 anos inferior às dos concidadão russos de regiões não poluídas. Cerca de 25% da população tem a sua atividade laboral ligada à indústria química que produz compostos tóxicos.