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Sobre o relatório da ONU “Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza“

Eis as principais conclusões do relatório da ONU publicado a 21 de Fevereiro de 2011, entitulado “Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza”, as quais em muito implicam o ramo da engenharia química:
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1. A transição para uma economia verde torna-se possível se forem investidos 2% do PIB mundial por ano (actualmente cerca de US$ 1 x 1012) entre o momento atual e 2050. Esta quantida deve ser investida em sectores-chave, como agricultura, edificações, energia, pesca, silvicultura, indústria, turismo, transporte, água e gestão de resíduos. Contudo, tais investimentos devem ser estimulados por reformas de políticas nacionais e internacionais.

2. Sob um panorama de economia verde, o crescimento económico e a sustentabilidade ambiental não são incompatíveis. Ao contrário, uma economia verde criaria empregos e progresso económico, ao mesmo tempo que evitaria consideráveis riscos adversos, como os efeitos da mudança climática, maior escassez de água e perda de serviços ecossistêmicos.

3. O consumo global de energia aumentaria um pouco, mas retornaria aos níveis correntes até 2050, o que significaria uma redução de cerca de 40% em relação ao esperado no cenário habitual de negócios, graças a avanços substanciais em eficiência energética.

4. Um quarto dos investimentos verdes analisados – 0,5% do PIB (US$ 325 x 109) – seria alocado a sectores de capital natural: silvicultura, agricultura, água potável e pesca. O valor acrescentado na indústria florestal aumentaria cerca de 20% em 2050 em comparação com o cenário habitual.

5. O aumento da eficiência na agricultura (estimado em 10%) e nos sectores industrial e urbano reduziria a consumo de água em cerca de um quinto até 2050.

6. A mudança rumo à uma economia verde está a acontecer em escala e velocidade nunca antes vistas. O crescimento é cada vez mais impulsionado por países não-OECD, cuja participação nos investimentos globais em renováveis subiu de 29% em 2007 para 40% em 2008, com o Brasil, a China e a Índia a representar a maior parte.

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Fonte: United Nations Environment Programme