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Sobre uma unidade piloto para produção de gasolina a partir de pellets de madeira




Envolvendo uma parceria de várias entidades (Gas Technology Institute (GTI); Haldor Topsoe, Inc.; UPM; Phillips 66; Andritz-Carbona Corp., U.S. Department of Energy), encontra-se em fase de demonstração, no estado norte-americano do Texas, uma unidade de produção de gasolina a partir de pellets de madeira.

Tendo por base a premissa de processar 20 toneladas de pellets de madeira (com humidade de 6%), a unidade tem como objectivo uma produção diária de 22.5 barris de gasolinas.

Sucintamente, o processo consiste num módulo de gasificação que permite a produção de gás de síntese a partir da biomassa; ao qual se segue um processo de reforming que visa a limpeza do gás de síntese relativamente a alcatrões e contaminantes. Depois, o gás de síntese passa por uma etapa de remoção de gases ácidos, onde o dióxido de carbono e o enxofre são removidos. Por último, há lugar à síntese de dimetil éter e metanol, e à subsequente conversão em gasolina. Do processo de síntese diz-se haver versatilidade relativamente à composição da mistura de gás de síntese.

Testes efectuados indicam que a gasolina produzida por esta via respeita a legislação da EPA (agência americana de proteção do ambiente) e que a inclusão da gasolina "verde" em formulações comerciais pode chegar a 80%.

Perante o sucesso desde projecto de demonstração, avançar para uma unidade comercial passa agora sobretudo pela esfera da política, na forma garantias estatais quanto à aposta nesta via de produção de combustíveis. Estima-se que uma unidade comercial possa custar 750 milhões de dólares.

Fonte: Chemical Processing

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A notícia acima destaca os esforços e avanços que têm sido feitos no sentido de contornar a dependência do petróleo, para a qual a abordagem gas-to-liquids tem vindo a ser investigada. Na imagem seguinte, obtida a partir de um artigo científico sobre o tema, destacam-se as diferentes vias para a obtenção do gás de síntese, a produção de dimetil éter e metanol como intermediários, e diferentes vias processuais que ambos possibilitam com vista à geração de produtos combustíveis.

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