A erupção do gás de xisto não para de dar que falar no universo da indústria química e petroquímica.
Este já foi tema de publicações no Blogue Engenharia Química, sob os títulos "Sobre o gás de xisto e o renascimento da indústria dos EUA" e "Sobre o pipeline de 4830 km da Dow Chemical em torno do Golfo do México, e respectivos planos de expansão", onde se falou em detalhe sobre o assunto na perspectiva da economia e indústria norte-americana.
Mais recentemente abordou-se também o tema à luz da realidade brasileira, em publicações como "Sobre as repercussões económicas do elevado custo do gás natural no Brasil" e também em "Sobre os "momentos decisivos para a indústria química" brasileira (Opinião)"
* * *
Revisita-se agora o assunto apresentando números, para que melhor se perceba o desnivelamento que o gás de xisto está a provocar no mercado de gás natural:
Preço do gás natural em diferentes países
A vantagem dos EUA é evidente, e a indústria química desse país pretende reservar a vantagem dos preços só para si através do incentivo à não exportação de gás natural por parte dos EUA, a qual nivelaria os preços a nível de mercado global de energia.
Pese embora a figura acima não traçar os preços do mercado europeu, a europa encontra-se também em desvantagem, tal como se deu conta nesta publicação ""
A título de exemplo, refira-se o caso da produção de etileno, que é um gás precursor da indústria dos polímeros. Na Europa o custo de produção de um quilograma deste gás é de 1.10 dólares, enquanto que nos EUA o mesmo quilograma é produzido por 0.26-0.33 dólares. [1]