Uma das 40 maiores empresas industriais do mundo, um dos maiores produtores globais de petroquímicos e a maior empresa privada do Reino Unido, a INEOS ganhou destaque nos últimos vinte anos liderada por três homens, o proprietário maioritário Jim Ratcliffe e seu parceiros de negócios Andy Currie e John Reece.
O crescimento prolífico da empresa e o sucesso improvável remodelaram a indústria, embora suas primeiras duas décadas tenham sido pontuadas por dificuldades e lições difíceis, bem como picos sem precedentes.
Ao comemorar o vigésimo aniversário da empresa a evolução contínua, Ratcliffe e sua equipa de gestão falam neste livro sobre os principais capítulo da jornada da INEOS e seus insights sobre negócios e a indústria na atualidade.
20 anos de uma história empresarial ímpar:
Completaram-se vinte anos desde que Jim Ratcliffe se sentou com os seus dois filhos na casa da família em New Forest para estudar dicionários e imaginar o nome INEOS. De um único local em Antuérpia comprado por £ 84 milhões e empregando apenas 400 pessoas, a empresa cresceu exponencialmente desde que foi formada em maio de 1998.
Agora é um gigante multinacional, com 20 mil funcionários em mais de 100 locais em vinte e dois países. Europa, Ásia e América do Norte. A escala e a velocidade de sua expansão foram surpreendentes. Em 2018, a empresa compreendia trinta e duas unidades de negócios separadas (incluindo joint ventures), dezoito das quais tinham um faturamento anual igual ou superior a mil milhões de de € - empresas substanciais por direito próprio.
O aumento na lucratividade da INEOS foi igualmente excepcional. Hoje, os lucros são na ordem de US $ 7 mil milhões. Independentemente de poder continuar a dobrar o EBITDA a cada poucos anos ou não, o padrão e o ritmo de crescimento ascendente da empresa são impressionantes. Na verdade, a ascensão da INEOS não tem precedentes na história corporativa britânica. Embora empresas como gigantes conhecidas Royal Dutch Shell, BP, HSBC, GlaxoSmithKline e Barclays possam traçar suas origens há mais de cem anos, nenhuma outra empresa britânica desse tamanho cresceu do zero durante este século.
Curiosidades da história de Jim Ratcliffe e da INEOS:
- Foi um aluno médio/bom mas não brilhante por onde passou, quer na formação em engenharia química como mais tarde na London Business School. Apesar do anonimato académico, figura hoje como o estudante mais bem sucedido que alguma vez cursou a London Business School;
- Jim Ratcliffe foi rejeitado pela BP naquele seria o seu primeiro emprego porque sofria de eczema e a empresa não queria responsabilizar-se pelo agravamento das propensão para alergias devido à exposição a produtos petroquímicos. Acabaria dono de parte dos ativos desta empresa ao comando da INEOS;
- A INEOS adquiriu duas refinarias à BP sabendo praticamente zero sobre esse tipo de processos industriais Numa primeira fase a Wikipédia deu uma ajuda a perceber o que era o quê, e que objetivo tinha. As curvas de aprendizagem na INEOS são portanto enormes.
- A INEOS cresceu mantendo a empresa longe da dispersão de capital nas bolsas de valores, endividando-se para crescer sem nunca abrir a posse sobre a empresa a investidores externos. Com isso conseguiu preservar a autonomia nas decisões, longe da influência e flutuações das análise de mercado e dividendos;
- O segredo do sucesso da INEOS joga-se nas poupanças que consegue ter nos custos fixos (sem prejuízo da segurança), desde logo por ter uma estrutura de gestão federal, onde quem manda num negócio controla a totalidade desse negócio, mas também porque questiona as coisas e gasta dinheiro mais criteriosamente do que congéneres de dimensão multinacional.
- A INEOS ficará para a história industrial como a empresa europeia que ousou beneficiary do gás de xisto norte-americano no próprio continente europeu, tendo para isso desenvolvido (em parceria) navios que permitiram importar gás de xisto para as suas unidades de steam cracking na Europa. A empresa faz apologia da exploração de da gás xisto em território britânico, embora sem sucesso até ao momento.
- Subjaz em Jim Ratcliffe um orgulho/nostalgia por um Reino Unido forte industrialmente, sendo esse um dos motores da sua atividade e ambição profissional.