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Sobre o pH de diferentes produtos, e o pH tolerado por diferentes materiais, bactérias e humanos




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Na década de 1890, Svante August Arrhenius (1859-1927) finalmente definiu os ácidos como “substâncias que fornecem catiões de hidrogénio à solução” e bases como “substâncias que fornecem aniões hidróxido à solução”. Ele também propôs que o mecanismo pelo qual ácidos e bases interagiam para neutralizar um ao outro era formando água e o sal apropriado.

(...) Com a definição de acidez de Arrhenius como resultado de concentração de iões de hidrogénio, foi um pequeno passo até se criar uma escala de acidez com base nos resultados do potencial do eléctrodo. No seu artigo de 1909 na Biochemische Zeitschrift, S. L. L. Sorenson desenvolveu um novo ensaio colorimétrico para a acidez. Mas, mais importante, ele definiu o conceito de expressar a acidez como o logaritmo negativo da concentração do ião hidrogénio, que denominou de pH.

Fonte: A Basic History of Acid—From Aristotle to Arnold, Mark S. Lesney, Chemistry Chronicles, 2003 American Chemical Society

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Na figura acima, apresentam-se valores de pH para diferentes produtos e bens do dia-a-dia industrial civil e/ou natural, onde se pode verificar uma clara concentração de produtos nas regiões ácida (abaixo de de pH=7).

É interessante reparar no posicionamento de alguns produtos químicos (Fenol, Ácidos, Sabão, etc) em comparação produtos naturais (Leite, Mel, Fruta, etc), e destes com bens processados (vinho, pasta dentífrica, refrigerantes, etc).

Na região inferior da figura, nomeadamente abaixo do eixo contendo a escala de pH, são apresentadas as regiões de compatibilidade de diferentes materiais, bactérias e fluidos/meios em relação à acidez e alcalinidade.

A figura em questão permite assim uma panorâmica sobre o impacto e importância das propriedades de acidez/alcalinidade de diferentes produtos, relativamente a diferentes materiais, e destes com diferentes formas de vida. 

De notar, porém, que aspetos como a toxicidade e outros perigos químicos não pode ser resumida à  comparação das gamas de pH. Veja-se, por exemplo, o modo como o ácido fluorídrico que é extremamente corrosivo e tóxico exibe um pH semelhante ao do vinho. É que o indicador pH é alheio à natureza química das espécies em solução que não hidrogénio, e estas são parte determinante na perigosidade de um dado compostos químico em relação a formas de vida ou meios naturais.