Numa primeira leitura, podemos alinhar os países por volume de citações, isto é, pela quantidade de vezes (absoluta) que foram citados autores de determinado país. Se o fizermos, ficamos a saber que os EUA foram indiscutivelmente a nação mais citada na última década, seguido à distância por um grupo de 3 nações: Japão, Alemanha e China, por esta ordem, já que nem as três juntos conseguiriam roubar o 1º posto aos norte-americanos. De registar a presença do Brasil na 20º posição neste grupo, com um volume de citações próximo dos da Bélgica ou Taiwan.
Todavia, importa ir mais longe e analisar o desempenho dos países anulando as naturais diferenças de dimensão dos pólos universitários e centros de investigação, ou seja, descontando-se a vantagem de certos países devido a terem uma população de investigadores superior. Neste sentido, a figura abaixo apresenta a listagem dos mesmos países (na mesma ordem em que aparecem no gráfico acima) mas desta feita é apresentada a razão entre o número de citações e a quantidade de publicações alcançadas.
Embora permaneçam em 1º lugar, os EUA partilham o melhor desempenho com a Holanda e são seguidos de muito perto pela Suiça. Países como o Japão, Alemanha e China revelam rácios nivelados com a média. O Brasil sobe algumas posições e deixa o último lugar desta lista.
Estes resultados desde logo põem a nu o dilema interessante da quantidade versus qualidade, visto que países como a Suiça ou a Holanda, cuja produção em quantidade é modesta face a EUA, Alemanha ou China, acabam por ter trabalhos mais citados e como tal mais valorizados.