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Sobre a transferência de massa em interfaces

Enchimento de um extrator líquido-líquido.Objectivo é criar turbulência e maximizar a área de contacto (Imagem: Sulzer)


Em processos de destilação, de absorção ou extração, o tratamento teórico da transferência de massa requer que se lide com as descontinuidades provocadas pela existência de uma fronteira de fase, ou interface.

Eis duas considerações importantes a respeito de interfaces [1]:

1. Numa interface nenhum material se acumula, pelo que a velocidade de transferência tem de ter o mesmo valor de ambos os lados.

2. Se não existir qualquer resistência à transferência de massa, as concentrações de cada lado são governadas pela relação de equilíbrio de fase.


A transferência de massa entre duas fases fluidas (líquidos ou gases) depende pois das propriedades físicas das duas fases, da diferença de concentração, da área de interface e do grau de turbulência. [1] (Quando maior o grau de turbulência menos expressão tem a resistência à transferência de massa - de natureza cinética cinética - e mais o processo é regido pelo equilíbrio de fase - de natureza termodinâmica)

O equipamento industrial de transferência de massa é, por conseguinte, projetado de forma a dar uma grande área de contato entre as duas fases e a criar turbulência em cada uma das fases. Na maior parte deste equipamento, o padrão de fluxo é tão complexo que não é susceptível de expressão em termos matemáticos, e a área superficial não é conhecida com rigor. [1]

[1] Tecnologia química, 1º Volume - J. M. Coulson,  J.F. Richardson