Asfalto ou betume (designação mais europeia) é o nome atribuído à fração não destilável do crude obtida no âmbito da refinação do petróleo. (...) A principal aplicação encontrada para esta fração é a pavimentação de estradas, sendo de assinalar que são as especificações de desempenho ( para fins de pavimentação) que governam a produção de betumes, e não a sua composição química propriamente. [1]
Quimicamente os betumes variam em composição de acordo com as características do crude que é utilizado na refinação. Tipicamente, a composição mássica compreende 79-88% de carbono, 7-13% de Hidrogénio, vestígios de enxofre até 8%, 2-8% de oxigénio e até 3% de azoto. [1]
Não só a composição mas também quantidade de betume passível de ser obtida pode sofrer enormes variações dependendo do petróleo utilizado. A figura abaixo, que apresenta a proporção das diferentes frações em função da proveniência do crude, é bastante elucidativa sobre a variabilidade encontrada ao nível da produção de betumes por exclusiva influência da matéria-prima original.
Fração de betumes em crudes de diferentes proveniências. [2]
Para a maior parte dos petróleos, a categoria de betumes
produzida pode ser alterada por variação da temperatura e nível de vácuo sob o qual é
feita a destilação. Tais variações afectam o grau de separação de destiláveis
dos resíduos, inflcuenciado assim as características destes últimos. [2]
A intensificação do tráfego automóvel impôs a
necessidade de se melhorarem as propriedades inerentes aos betumes. Assim,
vários materiais têm sido usados para modificar os betumes, alguns especificamente
projectados com esse fim, outros como forma de valorização de resíduos
existentes. Podem-se citar as borrachas naturais e sintéticas, materiais
plastificantes e fibras. [2]
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Fontes:
[1] Asphalt (Bitumen), Joann Wess, Larry D. Olsen, Marie Haring Sweeney, World Health Organization, 2004