"Uma das melhores prendas que a ciência pode dar à indústria
é a de novos materiais. Durante a maior parte da história, os homens
contentavam-se em utilizar os materiais naturais que encontravam: madeira,
barros, e aquele metais que podiam facilmente ser extraídos dos seus minérios,
por aquecimento. Estes materiais têm os seus defeitos: a madeira é inflamável,
está sujeita ao apodrecimento e à absorção da humidade; os metais são pesados,
conduzem calor e a electricidade e têm muitas outras qualidades que, se bem que
admiráveis para certos fins, são nitidamente desvantajosas para outros.
Desde a guerra de 1914-1918, assistimos ao crescimento de
uma grande indústria, baseada inteiramente em novos materiais que não foram “descobertos”
pela ciência, mas sim “criados” por ela. Estas substâncias têm sido designadas
por “plásticos”, nome que talvez não seja muito correcto, dado que a sua
características principal é que, uma vez acabadas, raramente são plásticas. Por vezes, os americanos
chamam a estes materiais “resinoides” ou “resinas sintéticas”. A maioria das
pessoas está familiarizada com um certo número de “resinas naturais, sobretudo
a goma-laca, e muitas das resinas sintéticas são produtos semelhantes em
aparência e textura, mas possuem muitas qualidades desejáveis, tal como a
resistência ao calor, que faltam ao produto natural.