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Sobre o prémio atribuído a alunos da UNILESTE (MG-Brasil) pela proposta de recuperação de ouro e cobre do lixo eletrónico




"A despeito dos impactos ambientais ao descartar aparelhos eletrônicos no lixo, você sabia que está jogando dinheiro fora? Isso porque vários deles têm entre seus componentes metais como ouro e cobre, que podem ser recuperados e revendidos para as indústrias. Pensando nisso, dois estudantes do sexto período de engenharia química do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste) desenvolveram um método para tratamento dos metais e foram um dos vencedores do Prêmio Sustentabilidade Radix. A dupla foi selecionada com outras seis equipes em todo o país pela empresa de engenharia e software Radix para receber um prêmio de R$ 10 mil. Com o dinheiro, os mineiros deram continuidade ao projeto de iniciação científica “Recuperação de ouro e cobre presentes em lixo eletrônico”.

Filipe Souza Almeida e Lúrima Uane Soares Faria, estudantes do 6º período do 
curso de Engenharia Química do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste),


O método criado pelos estudantes prevê o reaproveitamento dos metais por meio de um processo denominado hidrometalúrgico, que consiste, em linhas gerais, na extração do minério moído com solventes adequados, obtendo-se rejeitos que poderão então ser tratados. A partir daí é feita a filtragem da solução e a precipitação do metal por meio de uma concentração, aquecimento ou eletrólise. O primeiro metal a ser recuperado é o ouro, e em seguida o cobre. E a grande vantagem do processo hidrometalúrgico sobre os demais é que ele não é tóxico.
(...)

O lixo eletrônico é resultado das constantes inovações tecnológicas, que atingem principalmente computadores e aparelhos celulares. Estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e divulgado em maio do ano passado mostra que em todo o mundo vão para o lixo cerca de 42 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos. No Brasil, o número chega a 1,4 milhão – atrás apenas dos Estados Unidos. A falta de preparo para o descarte do material fez com que o Congresso Nacional aprovasse, em 2010, a lei chamada Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga as empresas a cuidar do lixo eletrônico, para não contaminar o meio ambiente. Todos os cidadãos, do consumidor ao fabricante e quem comercializa os itens, são responsáveis pelo descarte correto dos materiais. Isso não vale apenas para os eletrônicos, mas para toda a cadeia produtiva, principalmente embalagens diversas, resíduos de saúde, vidros, etc. Dentro dessa dinâmica, existe a chamada logística reversa, em que o fabricante dos produtos precisa recolher os materiais já usados para lhes dar novo ciclo de vida."

Artigo Completo: EM