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Sobre a indústria cerâmica portuguesa em 2016: subsetores, empresas, trabalhadores, e fatores de competitividade




"A indústria cerâmica teve como propósito inicial satisfazer as necessidades do setor da construção enquanto produtora de tijolos, telhas, soluções de pavimentação, revestimentos, louça sanitária e utensílios cerâmicos com fins de utilitários e decorativos. Contudo, com a evolução tecnológica e o desenvolvimento das funcionalidades da cerâmica foi possível identificar na mesma potencial de aplicabilidade eficiente noutros setores d e atividade industrial, designadamente: indústrias de aeronáutica, aerospacial, automóvel, química, mecânica, investigação médica, entre outros.

Atendendo ao seu processo de fabrico e às próprias matérias-primas, a cerâmica pode ainda ser classificada em terracota (argila cozida no forno), cerâmica vidrada (o exemplo mais comum, o azulejo), grés (cerâmica vidrada, por vezes pintada) e faiança (louça fina resultante de pasta porosa cozia a elevadas temperaturas)."


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  • Tecido Empresarial da Indústria Cerâmica Portuguesa:




"A Indústria Cerâmica portuguesa representa cerca de 0,5% do PIB, gerando 1,2% do volume de negócios da 
indústria transformadora nacional e é responsável por empregar cerca de 15.900 trabalhadores através de um total 
de 1.127 empresas. 

A indústria da cerâmica é, tradicionalmente, um setor capital intensivo. No entanto, dependendo das especificidades do processo produtivo é possível identificar subsetores de cerâmica que absorvem mais ou menos mão-de-obra. A Cerâmica Utilitária e Decorativa é o subsetor que emprega um maior número de colaboradores, tendo absorvido, em 2014, 53% do total de colaboradores da indústria de cerâmica nacional."

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  • Posicionamento da indústria cerâmica Portuguesa:
"Portugal é o país que, em termos absolutos, apresenta um menor volume de produção. No entanto, em termos de peso no seu PIB, o setor de cerâmica portuguesa assume um papel relevante na sua economia, evidenciando dinâmicas de concorrência distintas dependendo da conjugação subsetor-mercado. O posicionamento de cada país está muito dependente de fatores como a qualidade percebida, a notoriedade da marca, a identidade da própria indústria, que pode ser mais tradicional ou mais inovadora, o preço dos fatores de produção, destacando-se os combustíveis e energia, assim como a própria geografia, que pode ser ou não facilitadora dos transportes e logística."



Fonte: Capacitação da Indústria Cerâmica Portuguesa - Um Cluster, uma Estratégia, Mercados Prioritários, 2016, APICER