Search Suggest

Sobre o novo pipeline russo 'Power of Siberia', no valor de 55 mil milhões de dólares, com vista a abastecer 9,5% do gás natural consumido na China


Pipelines existentes e em vista no sudeste da Rússia. Fonte: Gazprom


"Rússia e China estão mais unidas que nunca. Através de uma videoconferência, os presidentes Vladimimir Putin e Xi Jinping inauguraram o primeiro de três gasodutos que vão unir os dois países.

(...) O gasoduto histórico vai transportar gás natural da Sibéria para o nordeste da China ao longo de uma rede que no total terá mais de três mil quilómetros. O custo do Power of Siberia, como foi batizado, está avaliado pela Gazprom, a maior empresa energética russa, em 55 mil milhões de dólares, isto é, quase 50 mil milhões de euros.

Até 2023, ano em que o gás deverá chegar a Xangai, a infraestrutura terá uma capacidade de 38 mil milhões de metros cúbicos anuais, o equivalente a 9,5% do gás consumido na China."
_____
Fonte: Euronews


Rotas marítimas do GNLproveniente da região de Yamal (Rússia).


Um investimento movido a desinvestimento no carvão:

A Gazprom planeia começar com entregas de 10 milhões de metros cúbicos por dia e pretende atingir a capacidade máxima até 2025. As exportações mínimas para a China via gasoduto serão de 5 mil milhões de metros cúbicos em 2020, 10 mil milhões em 2021 e 15 10 mil milhões em 2022, segundo a empresa.

A Gazprom não divulgou o preço do gás, mas [o presidente] Putin disse que estará ligado aos preços do petróleo, semelhante à fórmula usada para os consumidores europeus. Embora a Rússia tenha que competir com o fornecimento marítimo de gás natural liquefeito (GNL) de produtores como Catar e Austrália, a expectativa é de que o crescimento das necessidades energéticas da China exija maior capacidade de gasodutos e de GNL. Isso beneficiará outras empresas russas, como a Novatek PJSC, que está a desenvolver GNL na península de Yamal, no mar de Kara.

O consumo de gás na China, a maior economia da Ásia, aumentou nos últimos anos, à medida que o governo pressiona casas e fábricas a usá-lo no lugar do carvão para combater a poluição do ar. Em 2018, as importações atingiram 43 % do abastecimento total de gás, em que cerca de dois quintos do total chegou via gasoduto da Ásia Central e Mianmar, e o restante foi proveniente de GNL.
_____
Fonte: Bloomberg