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Revista semanal de imprensa (BEQ.2020.20): bateria 90% mais barata, bilionário convertido às renováveis, fim do carvão em Sines, e corrida ao hidrogénio



A inovação de Horie está em substituir os componentes básicos da bateria — elétrodos revestidos de metal e eletrólitos líquidos — por uma construção de resina. Segundo ele, essa abordagem simplifica e acelera drasticamente a produção. O processo permite que folhas de bateria com 10 metros de comprimento sejam empilhadas "como assentos acolchoados" para aumentar a capacidade. Além disso, as baterias à base de resina não pegam fogo quando perfuradas.


O bilionário Kjell Inge Rokke está a transformar a estrutura do seu império comercial, procurando reavivar empresas de serviços de petróleo em dificuldades e aproveitando as oportunidades que estão a surgir em matéria de energia renovável, avança a ‘Bloomberg’. (...) “Num momento em que as energias renováveis ​​evoluíram de nichos de tecnologia para indústrias globais, as ambições da Aker excedem os spin-offs anunciados na Aker Solutions”, disse o CEO da Aker, Oyvind Eriksen, em comunicado . “Assumimos que queremos um papel ativo para nos posicionar-nos num setor de energia renovável mais amplo e em rápido crescimento”, reforçou.


Ao fim de 35 anos a queimar carvão para produzir eletricidade e iluminar o país, a central da EDP em Sines tem agora os dias contados. A data está marcada, só falta decidir dia e hora: em janeiro de 2021 a maior central elétrica de Portugal fecha portas e põe fim a um ciclo. Com o negro do carvão no passado, de que cor será o futuro de Sines? A EDP garante que será verde, tal como o hidrogénio livre de emissões poluentes que ali virá a ser produzido por eletrólise, juntando energia renovável fotovoltaica e a água do oceano Atlântico que banha São Torpes, na costa alentejana.


Manifestação de interesses para a fileira do hidrogénio superou todas as expectativas: 74 projectos e 16 mil milhões de euros de investimento. Sines é ultrapassada por Estarreja, em que um consórcio quimico apresentou um projecto de investimento de 2,4 mil milhões, e até a CP apareceu com uma candidatura de 275 milhões alentejana. (...) A avaliar pelas manifestações de interesse que surgiram por parte de entidades públicas e privadas, grandes indústrias e pequenas empresas, laboratórios científicos e tecnológicos, Portugal tem todas as condições de cumprir a Estratégia Nacional de Hidrogénio que definiu a possibilidade de garantir financiamento, nos próximos dez anos, de sete mil milhões de euros.