"O que nós estamos aqui a tentar fazer é levar o hidrogénio à mobilidade elétrica, através das células de combustível. É, no fundo, à diluição do gás natural e reduzir as emissões de CO2 [dióxido de carbono], bem como levá-lo aos processos industriais naqueles setores em que a eletrificação direta é muito difícil, como a fundição, as cimenteiras, os transportes marítimos e os aéreos", explicou. Relativamente à incorporação de hidrogénio verde na rede de gás natural, Pedro Amaral Jorge assegurou que se trata de um processo comprovado do ponto de vista de engenharia e que, para os próximos anos, está prevista uma incorporação de hidrogénio de apenas 5%, o que significa que, quer a rede, quer os sistemas de queima daquele gás misturado estão "perfeitamente adaptados".
Portugal não autoriza a exploração de fósseis e quer ser líder na alternativa: o hidrogénio “verde”. Mas a UE continua a financiar gasodutos e centrais eléctricas a gás que custam mais de cem mil milhões de euros. Ao mesmo tempo, a Europa quer ser neutra em carbono e manter o aquecimento global abaixo de dois graus. As empresas de gás apostam agora numa estratégia de manter os furos, e as vendas, e “aprisionar” o CO2. Porque mais do que o ambiente, é de economia e geopolítica que falamos, quando falamos de gás.
A Galp adiantou ao PÚBLICO que as unidades de produção de óleos base e de aromáticos da refinaria de Matosinhos “continuarão com o seu funcionamento normal”. Também frisou que o abastecimento de gasóleo e gasolina ao mercado nacional “manter-se-á assegurado” e que haverá “um nível adequado de produtos para satisfazer as necessidades dos portugueses, das empresas e das unidades industriais”. Esses abastecimentos estão garantidos “pelos stocks existentes em Matosinhos e pela produção que se mantém na refinaria de Sines”..
"Eficiência acima dos 100% com o silício negro deve-se a um fenómeno provocado pelas nanoestruturas chamado de multiplicação de cargas. O que permite que pela primeira vez uma célula fotovoltaica tenha mais de 100% de eficiência, limite que era apenas “teórico” (também conhecido como eficiência quântica). A eficiência quântica externa tem um limite de 100%, ocorrendo quando um fotão que entra gera um eletrão para o circuito externo. Mas neste caso, a eficiência de 130% significa que o fotão que entrou gerou cerca de 1,3 eletrões e não apenas um como na definição de eficiência quântica!".