Várias lições de design podem ser extraídas do estudo de erros, umas para prevenir erros antes que eles ocorram e outras para detectá-los e corrigi-los quando eles ocorrerem. Em geral, as soluções decorrem diretamente das análises anteriores.
A prevenção geralmente envolve a adição de restrições específicas às ações. No mundo físico, isso pode ser feito por meio do uso inteligente da forma e do tamanho. Por exemplo, em automóveis, vários fluidos são necessários para operação e manutenção seguras: óleo de motor, óleo de transmissão, fluido dos travões, solução detergente para o limpa pára-brisa, refrigerante de radiador, água para a bateria e gasolina. Colocar o fluido errado num reservatório pode causar danos graves ou até mesmo um acidente.
Os fabricantes de automóveis tentam minimizar esses erros segregando os pontos de enchimento, reduzindo assim os erros derivados de semelhanças de descrição. Quando os pontos de enchimento de fluidos que devem ser adicionados apenas ocasionalmente ou por mecânicos qualificados estão localizados em separado daqueles para fluidos usados com mais frequência, é improvável que o motorista comum use os pontos de enchimento incorretos.
Erros na adição de fluidos ao recipiente errado podem ser minimizados fazendo com que as aberturas tenham tamanhos e formas diferentes, fornecendo restrições físicas contra um enchimento inadequado. Fluidos diferentes geralmente têm cores diferentes para que possam ser distinguidos. Todas estas são maneiras excelentes de minimizar erros.
Técnicas semelhantes são amplamente utilizadas em hospitais e na indústria. Todas são aplicações inteligentes de restrições, funções de força e poka-yoke.
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Fonte: Donald A. Norman, The Design of Everyday Things (Livro)
