Uma das publicações mais populares do BEQ compreende a lista das 50 maiores empresas da indústria química no ano de 2010. Embora permaneçam interessantes, esses dados poderão estar já bastante desatualizados, visto um período de 10 anos ser suficientemente longo para se conseguirem detetar diferenças no panorama industrial mundial.
É nesse contexto que se apresenta aqui a atualização da lista com base no volume de vendas do ano de 2019. Este indicador não é apresentado na figura, preferindo manter a coerência com a publicação de 2010 onde se apresentavam os lucros das 50 empresas químicas com maiores volumes de vendas. Os dados de 2019 foram obtidos no relatório ICIS Top 100 Chemical Companies. Esta fonte é distinta daquela então usada em 2010 (dados da American Chemical Society) pelo que não há garantia de igualdade de critérios na comparação entre as duas realidades temporais.
Algumas notas que saltam à vista ao confrontar o ranking de 2019 com o de 2010:
- Liderança: a BASF mantém-se como a empresa química líder mundial, e parece ter sido a única a manter a sua posição no ranking.
- Ausências: estranhamente, a lista de 2019 reportada pela ICIS não contempla algumas grandes empresas que é dificíl acreditar que tenham perdido mercado. São elas, as petrolíferas Shell e Total, e as empresas de gases Air Liquide, Linde e Praxair.
- Ascenções ao topo: de entre as empresas que já constavam do ranking em 2010, aquelas que se aproximaram do topo foram a Sinopec (de 3º em 2010 para o 2º lugar em 2019), Lyondell Basell (de 9º para 4º lugar), SABIC (de 7º para 5º), Ineos group (de 11º para 6º), LG Chem (de 18º para 8º) e Sumitomo Chemical (de 16º para 10º).
- Quedas no topo: de entre as empresas que já constavam do ranking em 2010, aquelas que se afastaram do topo foram a Dow Chemical (de 2º em 2010 para 3º em 2019), a Exxon Mobil (de 4º para 7º), a Formosa Plastics (de 6º para 47º), Dupont (de 8º para 9º), e Mitsubishi Chemical (de 10º para 13º).
- Lucros: olhando à totalidade das 50 empresas, a maior parte das empresas teve lucros na ordem das centenas de milhão de dólares, sendo que os maiores lucros foram alcançados BASF (4549 M€), Lyondell Basell (4116 M€), Shin-Etsu Chemical (3736 M€) e SABIC (3680 M€).
