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Revista de imprensa BEQ (2021.28): corrida ao H2 até 2050; EDP quer H2 via eólicas offshore; Portugal poderá refinar lítio estrangeiro; alumínio holandês em crise

É provável que o crescimento inicial na utilização de hidrogénio limpo se concentre na Europa, Japão e Coreia, responsáveis por cerca de 30% da nova procura, revela estudo da McKinsey. (...) Se compararmos as estimativas de capacidade de produção para 2030 feitas nos últimos três anos — de 2019 a 2021 — mais do que triplicaram todos os anos. Ao mesmo tempo, o volume de projetos maduros — ou seja, projetos que já têm uma solução técnica ou financiamento por trás — já totalizam mais de 70,9 mil milhões de euros“, acrescenta o responsável.

Produzir hidrogénio verde em alto mar a partir de energia eólica offshore? Não só é possível, como a viabilidade económica de um projeto deste género “será alcançada com a maturidade da indústria e da cadeia de valor do hidrogénio verde”. Esta foi a conclusão da primeira fase do projeto BEHYOND, liderado pela EDP, em consórcio com TechnipFMC, CEiiA, WavEC e Universidade Norueguesa USN.

Futura unidade de conversão de lítio da Galp e da Northvolt “não está dependente do lítio português”, garantem as empresas. Decisão final de investimento no projecto está prevista para final de 2023. (...)
A nova unidade de conversão, com arranque comercial previsto para 2026, “será capaz de produzir hidróxido de lítio suficiente para a produção de 50 GWh de baterias por ano (o suficiente para 700.000 veículos eléctricos)”, num total de pelo menos 35 mil toneladas por ano, estimam as empresas.

Os custos de eletricidade representam até 40% do custo total de produção do alumínio. Os analistas dizem que os preços do gás são o principal motor que alimenta a subida dos custos de energia na Europa, enquanto o custo das licenças no mercado europeu do carbono contribuem para um quinto do aumento.(...) A indústria holandesa foi particularmente atingida, porque, ao contrário da Alemanha e da França, o país não tem um programa para compensar as indústrias de consumo intensivo de energia pelos custos decorrentes do aumento dos preços europeus do CO2.