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Revista de imprensa BEQ (2022.4): renováveis insuficientes; dessalinizar Portugal; Sines e o gás natural europeu; cautelas na captura de carbono


Metade do nosso dinheiro vai para renováveis e novas energias. Isso é greenwashing? Acho que não, é muito dinheiro”, resume. (...) Nesta entrevista (...) avisa que Portugal “tem de decidir se quer competir” com espanhóis e franceses no lítio ou “deixar que sejam os outros a construir essas indústrias”, numa referência aos subsídios que espera obter do PRR para o projeto com a Northvolt,


Algarve e Porto Santo são experiências que devem ser analisadas e exportadas para outras zonas do Sul do país. Estimular a poupança em casa e avançar para o tratamento das residuais para a agricultura são outras soluções propostas.


Costa lembrou “a articulação de Portugal com um conjunto de países africanos que são fornecedores de energia” e que o país pode ser a porta de entrada os produtos energéticos vindos do outros lado do Atlântico, dos EUA. “Temos infraestruturas para acolhimento e exportação para a Europa”,assegurou. (...) A região da Península Ibérica pode importar 40 terawatts-hora (TWh) por mês, mas só pode consumir apenas 30 terawatts-hora. O desafio é transportar o excesso de gás para o resto da Europa, já que os gasodutos existentes permitem uma transferência máxima de 5 terawatts-hora por mês.


William Gillett, diretor de programa de Energia da Academia, clarifica que “não estamos a discutir que as BECCS (sigla inglesa para Bioenergy with Carbon Capture and Storage) nunca sejam uma opção. Mas até que as presunções subjacentes sobre as disponibilidades e tempos de retorno dos diferentes tipos de biomassa sejam refinadas, e os benefícios e exequibilidade das BECCS sejam evidenciados, a União Europeia e os governos nacionais não devem oferecer subsídios”.