Galp e os suecos da Northvolt anunciaram esta quarta-feira ter escolhido Setúbal como a cidade onde vai ser instalada a nova refinaria de lítio. O investimento ronda os 700 milhões de euros e vai criar, aproximadamente, 200 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos. (...) Esta fábrica deverá ter uma capacidade para produzir “entre 28.000 e 35.000 toneladas de hidróxido de lítio” por ano, material utilizado no fabrico de baterias de ião-lítio, (...) Ou seja, o suficiente para a produção de 50 GW de baterias elétricas por ano (o suficiente para 700.000 veículos elétricos).
Para o ministro da Economia e do Mar, o porto de Sines pode tornar-se um centro de tecnologias "verdes" e biocombustíveis para “a marinha e todas as forças que se movimentam no mar” (...) Para o governante, o porto de Sines pode tornar-se um centro de tecnologias "verdes" e biocombustíveis para “a marinha e todas as forças que se movimentam no mar”, bem como um centro de importação de gás natural liquefeito (GNL).
O CEO da AICEP Global Parques defende que o porto de Sines "é um grande hub logístico, energético e tecnológico" (...) No outro vertical, o que chamamos Energia Sul, que junta todo o hub energético de Sines com as indústrias intensivas do ponto de vista energético (refinação, petroquímica, química, indústria circular descarbonizada, novos projetos de amónia e hidrogénio verde) um total perspetivado de 12.679 milhões de euros, dos quais cerca de 5 mil milhões são reinvestimento de empresas já presentes, como Galp, EDP Produção e Repsol Polímeros”, exemplifica ainda Filipe Costa, ao mesmo jornal. Além disso, estão ainda previstos “mais 7.500 milhões de investimentos” no que toca a novos players.
A Europa está à procura de navios que são também terminais flutuantes de GNL. O gás natural liquefeito é a alternativa ao gás russo que chega de gasoduto. Mas é mais caro e produz mais emissões.