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Sobre a condenação de multinacionais dos agrotóxicos


"Monsanto, Syngenta, Bayer, Dow Chemical, DuPont e BASF foram julgadas culpadas por violações graves, generalizadas e sistemáticas aos direitos à saúde e à vida, aos direitos econômicos, sociais e culturais, bem como os direitos civis e políticos e aos direitos das mulheres e crianças. O veredito foi dado pelo Tribunal Permanente dos Povos, que durante quatro dias ouviu vítimas e sobreviventes da indústria de agrotóxicos no mundo todo.


Foram destacados os casos de intoxicações na Ásia, causadas pelo inseticida endosulfan, da Bayer e o paraquat, da Syngenta. Também receberam atenção especial a massiva mortalidade de abelhas na Europa e América do Norte, relacionadas com os pesticidas neonicotinoides, da Bayer e a contaminação de nascentes de água nos Estados Unidos pelo herbicida atrazina, da Syngenta.


Segundo o júri, os atos sistemáticos de governança corporativa aumentaram as perspectivas de extinção da biodiversidade, incluindo espécies cuja existência continuada é necessária para a reprodução da vida humana.



O julgamento aconteceu de 3 a 6 de dezembro em Bangalore na Índia. Fundado em 1979, na Itália, o Tribunal Permanente dos Povos é uma corte internacional de opinião que verifica as denúncias de violações de direitos humanos. Ainda que o veredito não tenha uma vinculação jurídica, pode ser um precedente em futuras ações legais e serve para pressionar governos e instituições."