Como consequência da pressão internacional sobre todos os países que detêm armas químicas no sentido da sua destruição, tal procedimento tem naturalmente uma envolvente técnica que importa conhecer.
A questão a colocar é a seguinte: como se destroem as armas químicas? Existem algumas vias para o conseguir: a detonação, a incineração ou a neutralização.
"Em qualquer dos casos, pela perigosidade dos materiais, a destruição é realizada em locais isolados, por intermédio de unidades móveis de destruição.
Em alguns casos, estas unidades móveis possuem aquilo que se designa por "bang box", que consiste numa caixa à prova de explosão, que permite efectuar com segurança uma detonação no interior da câmara por intermédio de uma descarga elétrica que ativa uma carga de explosivos , promovendo-se assim a destruição das armas e degradação dos compostos nocivos.
Exemplo de unidade móvel de destruição de armas químicas
Um outro mecanismo de destruição por detonação baseia-se no aquecimento da câmara de detonação a 550ºC, uma temperatura elevada o suficiente para destruir as armas e degradar os indesejados compostos químicos.
Quando os agentes químicos a destruir não se encontram alojados em munição ou armamento, a incineração é uma técnica alternativa à detonação. Por intermédio de calor é possível degradar as espécies químicas em compostos menos perigosos. Apesar da viabilidade técnica, esta solução levanta problemas ao nível ambiental, sendo essa a sua principal desvantagem.
Neste sentido, a neutralização por intermédios de agentes químicos (exemplo soda cáustica) tem visto a sua popularidade aumentar, quer como mecanismo único, quer em conjugação com a incineração."
Fonte: BBC
Estatísticas da destruição de armas químicas