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Sobre o aviso do chairman da INEOS relativamente à falta de competitividade da indútria química europeia


O chairman da INEOS, uma das maiores empresas do sector da química a nível mundial, escreveu uma carta aberta ao presidente da comissão Europeia, Dr. Manuel Durão Barroso, onde expõe os problemas que a indústria química europeia está enfrentar e a sua consequência para o futuro da União.

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Jim Ratcliffe


Após frisar que a indústria química é uma das "joias da coroa" da União Europeia, Jim Ratcliffe informa a indústria química depende de preços competitivos ao nível da energia e das matérias-primas necessárias.

Ratcliffe refere que, na forma de gás, a energia europeia custa neste momento 3 vezes o que a americana custa, enquanto que a electricidade é 50% mais onerosa. Soma-se a isto não existir, segundo o próprio, matérias-primas baratas, na Europa, à luz das realidades do médio oriente e dos EUA.

O chairman da INEOS compara então a realidade americana com a realidade europeia. Fala dos 71 a 100 mil milhões de dólares que a indústria petroquímica dos EUA vai investir em virtude da bolha de competitividade que o gás de xisto (shale gas) está a criar;  e contrapõe essa realidade com os encerramentos atrás de encerramentos observados na Europa. Só no Reino Unido fecharam 22 fábricas de químicos desde 2009, e nenhuma abertura desde então.

Por outro lado, o médio oriente prepara-se para passar a debitar 6 milhões de toneladas de etileno para o mercado mundial, pela mão de Abu Dhabi, Qatar, Arábia Saudita e Irão, devendo isso também ser acautelado.

Com tudo isto em vista, Ratcliffe fala do que vê na Europa: legislação ambiental, nenhum gás de xisto a ser explorado, encerramento do nuclear, empresas a desmobilizar para outros locais. Acresce o que diz ser uma desatenção das autoridade de Bruxelas no sentido de responder cabalmente ao tsunami de importação de produtos que se avizinha como consequência de tão gritante falta de competitividade.