"A questão do gás é mais uma das preocupações da Ucrânia. A dependência da Rússia é grande e, ainda que os preços fossem já por si elevados, Moscovo já avisou que o desconto que fazia, como contrapartida pela utilização da base naval de Sebastopol, na Crimeia, acabou.
Kiev pondera soluções e uma das possibilidades é a importação de gás russo aos Estados-membros da União Europeia, como explica Alexander Duleba, da Associação eslovaca dos negócios estrangeiros.
“Hoje, há uma série de opções para obter levar o gás até à Alemanha apartir de qualquer lugar do mundo, depois passa pela Eslaváquia e segue para a Ucrânia. Tudo depende apenas do preço.”
Logisticamente, são precisas alterações, ao sistema de fornecimento, que custam dinheiro, Kiev espera que a União Europeia ajude o país a resolver o problema mas há quem coloque questões, como o Primeiro-ministro da Eslováquia:
“Eu acho que a Ucrânia não deve receber gás sem pagar. Ninguém vai aceitar que a Ucrânia não pague o transporte do gás. É necessário construir uma estação de medição. É um investimento que ronda os vinte milhões de euros.”
O preço pago por Kiev à Gazprom tinha já aumentado, em dezembro, de 280 para 380 dólares, com o fim de um desconto concedido a Ianukovich. Segundo a imprensa russa a anulação do segundo acordo pode elevar o preço para os 480, o mais elevado cobrado na Europa."