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Sobre a concentração de 60% da oferta mundial de cacau em 3 empresas, e o contexto brasileiro



"Um negócio bilionário aumentou de forma significativa a concentração no mercado mundial de chocolate. A aquisição da divisão de cacau da Archer Daniels Midland (ADM) pela Olam, por US$ 1,3 bilhão deixa na mão de apenas três empresas 60% do processamento global da commodity, de acordo com reportagem do jornal britânico Financial Times.

Conforme a publicação, além da Olam, a Cargill (dos Estados Unidos) e a Barry Callebaut (da Suíça), serão as companhias dominantes. A expectativa é de que o negócio entre ADM e Olam seja concluído até o segundo trimestre de 2015.

(...)


No começo dos anos 90, os processadores eram cerca de 90. Pouco mais de dez anos depois, eram 9, com ADM, Barry Callebaut e Cargill à frente. Em 2006, diz a reportagem, as três empresas respondiam por 41% do processamento de cacau.

De acordo com o comunicado oficial da Olam sobre o negócio, a compra envolve oito fábricas que têm capacidade total de processar 600 mil toneladas de cacau, além de 10 armazéns, duas usinas e centros de inovação, além de uma rede comercial em 16 países"

Fonte: Revista Globo Rural, 20-12-2014


"De mordida em mordida, países emergentes como Brasil, Índia e China comem cada vez mais chocolate. A produção de cacau, por sua vez, não tem acompanhado esse crescimento. A seca maltrata as plantações da África Ocidental, de onde sai a maior parte da fruta.

No ano passado, o mundo consumiu mais cacau do que produziu. Daí a previsão nada otimista de dois dos maiores fabricantes de chocolate do planeta: daqui a seis anos essa diferença pode chegar a dois milhões de toneladas e comprometer seriamente a produção do doce.


O Brasil é apenas o quarto produtor de cacau do mundo e importa matéria-prima. O sul da Bahia ainda tem a maior área plantada, mas, por causa de uma praga na lavoura, colhe hoje menos da metade do que há 20 anos. Depois da crise dos anos 90, algumas fazendas retomaram o plantio e agora apostam também na fabricação de chocolates finos."


Fonte: G1, 03-01-2015