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Sobre a fábrica de silício policristalino da Hemlock, no valor de mil milhões dólares, que antes de abrir já fechou


Nova fábrica da Hemlock em Charleston (Tenessee -EUA) alvo de encerramento.

A Hemlock Semiconductor Group - uma joint venture da qual participa a Dow Chemical e a Corning, Incorporated (que juntas formam a Dow Corning) - tomou recentemente a impressionante decisão de cancelar os seus planos de início de produção de uma novíssima unidade industrial no Tennessee (EUA) dedicada à produção de silício policristalino, pese embora este projecto haver recebido mais de mil milhões de dólares de investimento para arranque da construção, e de a unidade estar há meses a aguardar luz verde para produzir.

A Hemlock Semiconductor Group já produz sílicio policristalino numa outra unidade situada no Michigan, com capacidade para lançar no mercado 36 mil toneladas métricas por ano desse produto, e a qual recebeu um investimento de mais de 2.5 mil milhões de dólares nos últimos 10 anos.

O problema do excesso de produção cruza-se com os planos e avanços dos próprios concorrentes da Hemlock, desde logo a Wacker e o seu complexo de 2 mil milhões de dólares de investimento para produzir 20 mil toneladas métricas por ano, situada também no Tennesse, mas em Charleston. Com este nova unidade o grupo concorrente Wacker passará de 52 mil toneladas métricas por ano para 72 mil toneladas. A atual liderança na produção de silício policristalino é detida pela empresa chinesa GCL-Poly, a qual produz 65 mil toneladas métricas por ano.

Sendo certo que este recuo após tanto investimento certamente se reflectirá nas contas da Hemlock (e por sua vez da Dow Corning, e por último empresas mãe), a Hemlock  procurará estudar soluções de venda para o complexo devoluto no Tenessee.

Nova fábrica da Wacker em Charleston.


A indústria do silício.