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Sobre a granulação (seca ou molhada) enquanto operação unitária que permite reduzir a produção de poeiras e aumentar a densidade aparente de produtos



O [livro] Perry’s Chemical Engineer’s Handbook define o processo de granulação como "qualquer processo pelo qual pequenas partículas são reunidas em massas maiores e permanentes nas quais as partículas originais ainda podem ser identificadas". Essa definição é particularmente apropriada para uma granulação farmacêutica. A rápida desaglomeração é importante para maximizar a área de superfície disponível e ajudar na dissolução do fármaco ativo. 

(...)  Nos tempos modernos, a tecnologia de granulação tem sido amplamente utilizada por uma ampla gama de indústrias, como carvão, mineração e agroquímicos. Essas indústrias empregam técnicas de aglomeração para reduzir a poeira, facilitar o manuseio e melhorar a utilidade final do material.


Fonte: Parikh, D.M., Introduction, Handbook of Pharmaceutical Granulation Technology, CRC Press, Boca Raton, 2005




 A granulação envolve a aglomeração de partículas finas em partículas maiores chamadas grânulos, com propriedades controladas tais como resistência, porosidade, compressibilidade, densidade ou distribuição de tamanho de partículas distinguíveis das partículas finas originais [1] [2] 

Além disso, facilita o manuseio do material e controla as características de desintegração e dissolução, a densidade aparente e a uniformidade do conteúdo API dos comprimidos, o produto final na indústria farmacêutica [3], [4], [5], [6].  (...) É ainda mais importante nas aplicações farmacêuticas, uma vez que permite um melhor controlo da uniformidade do teor de fármaco a baixas concentrações, além de atingir a densidade aparente do produto e a sua compactabilidade, mesmo para níveis elevados de fármaco (...).

 O processo de granulação pode ser classificado como tipo húmido e seco, dependendo do uso ou não de um ligante líquido no processo. (...) A granulação húmida tem sido predominantemente usada na indústria farmacêutica para fabricar comprimidos, o formato mais aceite de consumo de fármacos [11] e também para fabricar grânulos de densidade variável. Além disso, o uso desse aglutinante líquido resulta em características aprimoradas de compactação [12]. (...) Mas a granulação húmida é mais cara em termos de custo de equipamento e controlo de processo, além dos efeitos indesejáveis do teor de humidade em APIs e comprimidos se não controlados de forma eficaz [15], [16]. No entanto, a granulação húmida ainda é até à data muito popular na indústria farmacêutica. 

Em contraste, a granulação a seco é um processo relativamente simples e rentável, consistindo em etapas de compactação e moagem que aumentam significativamente a densidade aparente de drogas volumosas. É mais adequado para drogas sensíveis à humidade e calor, dado que não implica solventes orgânicos ou ligantes. Porém, produz poeiras ou finos (...) [17].

Fonte: P. Suresh, I. Sreedhar, R. Vaidhiswaran, A. Venugopal, A comprehensive review on process and engineering aspects of pharmaceutical wet granulation, Chemical Engineering Journal, 2017, 328, 785-815

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Esquema de funcionamento de alguns equipamentos e tecnologias de granulação: