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Sobre o gás natural enquanto arma política e económica poderosa da Rússia para com a Europa, e os diferentes graus de exposição das nações europeias à mesma




"Neste momento, as armas mais poderosas da Rússia, excetuando os misseis nucleares, não são o exército e a forca aérea russos, mas o seu gás e petróleo. A Rússia só fica atrás dos EUA enquanto maior fornecedor de gás natural do mundo, e claro que usa esse poder em seu proveito. Quanto melhores forem as relações de um país com a Rússia, menos esse país paga pela energia; por exemplo, a Finlândia obtém melhores preços do que os Estados Bálticos. Esta política tem sido usada com tanta agressividade, e a Rússia domina de tal forma as necessidades energéticas da Europa, que se preparam diligências para atenuar o seu impacto. Muitos países na Europa estão a tentar libertar-se da sua dependência da energia russa, não através de condutas alternativas a partir de países menos agressivos, mas construindo portos.

Em média, mais de 25 por cento do gás e do petróleo europeus vêm da Rússia; mas, muitas vezes, quanto mais perto um país está de Moscovo, maior é a sua dependência. Isto, por seu turno, reduz as opções de políticas externa desse país. A Letónia, a Eslováquia, a Finlândia, e a Estónia são 100 por cento dependentes do gás russo, a República Checa, a Bulgária e a Lituânia são 80 por cento dependentes, e a Grécia, a Áustria e a Hungria têm uma dependência de 60 %. Cerca de metade do gás consumido na Alemanha vem da Rússia, o que, juntamente com acordos comerciais abrangentes, é, em parte, a razão por que os políticos alemães tendem a ser mais lentes nas críticas ao Kremlin pelos seus comportamentos agressivos do que países como a Grã-Bretanha, que não só tem 13 % de dependência, como possui, também, a sua própria indústria de produção de gás, incluindo reservas capazes de garantir até nove meses de abastecimento."



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Importação de gás natural na Europa, 
por país e fonte do fornecimento

Fonte: Parlamento Europeu

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Rede de gás natural na Europa