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Revista semanal de imprensa (BEQ.2020.4): Frulact vendida, Nestlé quer plásticos reciclados, futuro limpo só com minerais, e o emprego dos engºs portugueses



A Ardian, uma das principais sociedades de investimento a nível mundial, adquiriu a portuguesa Frulact, fabricante de ingredientes naturais para a indústria alimentar e de bebidas. (...) Sediada no Porto, a Frulact conta atualmente com mais de 750 trabalhadores, operando em nove unidades industriais na Europa, África e América do Norte. Esta empresa portuguesa vende os seus produtos em mais de 40 países e regista “um volume de negócios perto de 115 milhões de euros”.


A Nestlé anunciou um investimento até dois mil milhões de francos suíços (1.862 milhões de euros) para liderar a mudança na utilização de plásticos virgens para plásticos reciclados de qualidade alimentar e acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras de embalagens sustentáveis. Com base no seu compromisso, assumido em 2018, de tornar 100% das suas embalagens recicláveis ou reutilizáveis até 2025, a Nestlé reduzirá para um terço a sua utilização de plásticos virgens, neste mesmo período, enquanto trabalha com outras entidades para promover a economia circular e encetar esforços para limpar os resíduos plásticos dos oceanos, lagos e rios.


Para se alcançar um futuro de baixo carbono haverá necessariamente um aumento substancial na procura de matérias primas minerais fundamentais para a fabricação de tecnologias de energias mais limpas. É esta a conclusão do último relatório do Banco Mundial ( “The Growing Role of Minerals and Metals for a Low Carbon Future”). A transição energética implicará um aumento exponencial da procura de matérias primas minerais estratégicas, em relação à produção atual, como Lítio (965%), Cobalto (585%), Grafite (383%), Indium (241%).


A população de um país pobre, Portugal, contribui com os seus impostos, para a formação, nas universidades públicas, de engenheiros de elevada qualidade, que “exporta”, a custo zero, para o país mais rico da Europa, a Alemanha. (...) O nosso tecido empresarial, constituído maioritariamente por PME, que os partidos de esquerda idolatram, por razões ideológicas, na convicção de que o seu eleitorado se identifica com a miséria financeira e intelectual, não tem qualquer capacidade para absorver os nossos engenheiros.