Últimas

Search Suggest

Revista semanal de imprensa (BEQ.2020.24): Bondalti compra Enkrott, gás americano perdido, petrolíferas buscam soluções limpas, e OPEP impotente

 


A empresa do setor químico Bondalti, detida pelo grupo José de Mello, anunciou esta quarta-feira que acaba de adquirir uma participação de 68,5% na Enkrott - Gestão e Tratamento de Águas S.A., concretizando, assim, a entrada numa nova área de negócio. Em comunicado, a empresa (antiga CUF) salienta que "as soluções para tratamento de águas representam um novo caminho de crescimento da Bondalti, com grande complementaridade relativamente à sua atividade nos químicos industriais, nomeadamente a produção de cloro".


Quando a exportação de gás liquefeito americano começou a ganhar volume, essencialmente a partir de 2015, alguns políticos portugueses conceberam a ideia de transformar Sines num porto de chegada do gás que seria depois distribuído pela Europa através de rede de gasodutos. Sem um estudo sério que suportasse tal ideia, que mostrasse as vantagens em termos de custo, rapidez de distribuição e de segurança, a ideia foi marinando sem que nada fosse feito.


Biocombustíveis a partir de algas e turbinas eólicas voadoras são algumas das apostas das petrolíferas para se tornarem mais “verdes”. São investimentos tímidos ainda, até porque não é o seu core, como têm defendido. Porém, devido à pressão dos investidores e às metas da descarbonização, têm acelerado nos últimos anos. 


A estratégia de alinhamento na produção que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os países aliados (a OPEP+) levaram a cabo desde 2016 tem tido um impacto limitado nos preços da matéria-prima. O objetivo seria levar o valor do barril para níveis mais próximos dos 100 dólares, mas — numa altura em que preços estão próximos dos 40 dólares — um novo estudo indica que, sem os cortes, a diferença não seria grande.