Sobre um modelo com diretrizes sobre o risco de transmissão de COVID-19 em espaços fechados, desenvolvido por académico de EQ do MIT

O modelo de Bazant e Bush , aqui apresentado para o caso de salas de aula,

tem em consideração fatores de risco como tamanho da sala, atividade, 

ventilação e a filtração através de máscaras.

Dois professores do MIT propuseram uma nova abordagem para estimar os riscos de exposição ao Covid-19 em diferentes ambientes fechados. O modelo que desenvolveram sugere um limite para o tempo de exposição, com base no número de pessoas, o tamanho do espaço, os tipos de atividade, o uso de máscaras e as taxas de ventilação e filtração. O modelo resultante oferece diretrizes detalhadas para os formuladores de políticas públicas, empresas, escolas e indivíduos que tentem avaliar os seus próprios riscos.

Um dos autores é Martin Z. Bazant, professor de engenharia química e matemática aplicada no MIT (Estados Unidos), que afima: “Como cientistas, tentamos ser muito cuidadosos e usar apenas o que vemos como dados concretos. Nós realmente tentámos limitar a coisas que podemos justificar cuidadosamente. Achamos que o nosso estudo é o mais rigoroso deste tipo até ao momento. Estamos confiantes de que fizemos escolhas conservadoras em todos os pontos”.

Martin Z. Bazant

Os autores enfatizam que uma característica fundamental do seu modelo, que tem recebido menos atenção nas políticas públicas de saúde existentes, é fornecer um limite específico para o tempo que uma pessoa passa num determinado ambiente. Usando uma abordagem estritamente quantitativa com base nos melhores dados disponíveis, o modelo produz a estimativa de quanto tempo, em média, levaria para uma pessoa se infectar com o vírus SARS-CoV-2 se uma pessoa infectada entrasse no espaço, com base num conjunto-chave de variáveis que definem uma determinada situação. Em vez de uma simples resposta sim ou não sobre se um determinado ambiente ou atividade é seguro, ele fornece um guia de quanto tempo uma pessoa pode esperar se envolver com segurança nessa atividade, seja alguns minutos numa loja, uma hora num restaurante, ou várias horas por dia num escritório ou sala de aula, por exemplo.

Para ajudar as pessoas, sejam legisladores ou indivíduos, a fazer avaliações mais abrangentes, os autores uniram-se ao desenvolvedor de aplicações Kasim Khan para criar uma app móvel de acesso aberto e um site onde os usuários podem inserir detalhes específicos sobre uma situação - tamanho do espaço, número de pessoas, tipo de ventilação, tipo de atividade, uso de máscara e o fator de transmissibilidade da variante vírica predominante na área no momento - e receber uma estimativa de quanto tempo levaria, nessas circunstâncias, para alguém contaminar-se com o vírus se uma pessoa infectada entrar no espaço.

Bazant espera que as informações ajudem as pessoas a tomar decisões informadas para suas próprias vidas: “Se você entender a ciência, pode fazer as coisas de maneira diferente na sua casa, negócio ou  escola”.

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Fonte: World Economic Forum