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Revista de imprensa BEQ (2022.17): vidro por reciclar; biopolímero Kaumera de ETAR; Gazprom alemã; roturas de stock de medicamentos

 

Uma garrafa retornável pode ter 20 vidas. (...) Portugal tem uma longa tradição vidreira e, no entanto, não aproveita todo o seu potencial de reciclagem desse material. No ano passado pouparam-se quase 2.500 toneladas de vidro, mas, mesmo assim, o país ficou aquém das metas de reciclagem definidas. E curiosamente, lembra Ana Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, o vidro foi o primeiro resíduo embalagem a começar a ser reciclado. Há já 25 anos. E se no início o país reagiu muito bem na criação da infraestrutura, para a recolha dos recicláveis que resultam do grande consumo, o certo é que, na opinião da responsável pela Sociedade Ponto Verde, tem havido alguma lentidão na forma como o país tem desenhado as suas soluções nacionais para aumentar a reciclagem e com especial ênfase no vidro.


A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) Faro/Olhão vai estudar a produção do biopolímero Kaumera, matéria-prima de base biológica que pode substituir petroquímicos. A primeira instalação móvel de extração do biopolímero Kaumera (KEI) a partir de lamas aeróbias granulares do sistema de tratamento NEREDA entrou em operação na ETAR de Utrecht, nos Países Baixos, em junho. (...) Após três meses de operação bem-sucedida, a KEI móvel foi desmontada e transportada para a ETAR de Faro/Olhão, aonde chegou no início de setembro.


O Estado alemão anunciou esta segunda-feira a nacionalização da subsidiária alemã da empresa russa Gazprom, para salvar da falência aquele fornecedor de gás que já controla desde abril e que se encontra sobreendividado. Segundo a agência France-Presse (AFP), que cita um comunicado de imprensa do Ministério da Economia alemão, a medida foi tomada para garantir a "segurança do abastecimento de gás" do país. (...) Por sua vez, a Alemanha vai injetar 225 milhões de euros na empresa, tornando-se o "novo único acionista".


Em outubro, foram identificadas 858 apresentações de falta de medicamentos sendo que os remédios para a hipertensão e diabetes são os que os farmacêuticos têm maiores dificuldades em encontrar. Em Lisboa, há falta de Ben-u-ron alertam várias farmácias e com um cenário de agravamento de infeções respiratórias nos próximos meses há também rutura de xarope não sujeito a receita médica para tratar a febre ou dores. (...) A Comissão Europeia aponta várias razões para a escassez de medicamentos: estabelecimento dos preços - os quais são decididos a nível nacional -, limitações de fabrico, quotas da indústria, comércio paralelo e picos na procura.