Nome: Tetraetilchumbo
Fórmula molecular: C8H20Pb
Ponto de ebulição: 84 ºC Fonte
'Bio': O fenómeno do “knock” (pancada) que ocorreu no início do século 20 durante a operação de motores a gasolina de automóveis elevou o tetraetilchumbo (...) à sua proeminência estelar como o membro comercialmente mais importante da classe dos compostos organometálicos.
(...) Após a queima da maior parte da mistura combustível/ar, ocorre frequentemente a detonação de uma pequena parte da mistura menos volátil e não queimada que permanece no cilindro, causada pela alta temperatura e pressão; e isso é o que se chama de “knock". As consequências, além do ruído irritante, são superaquecimento, perda de potência, desperdício de gasolina e, quando extremo, danos ao motor.
(...) Após suas atividades durante a guerra, Thomas Midgley, Jr. voltou à busca por um composto antidetonante prático para motores, ajudado por Thomas A. Boyd, Carroll A. Hochwalt e outros. (...) [Todos eles a trabalhar para a General Motors]. (...) Descobriu-se que o tetraetilestanho tem propriedades antidetonantes modestamente eficazes, e isso sugeriu que o tetraetilchumbo deveria dar bons resultados. (...) Boyd, colocou uma solução de 1% de tetraetilchumbo em querosene no motor de teste: ausência de "knock"! (...) Com a descoberta de um agente antidetonante extremamente eficaz e aparentemente prático, o moderno motor de combustão interna de alta compressão e alta potência poderia agora tornar-se uma realidade. Esse tetraetilchumbo era muito superior a qualquer outro composto organometálico ou orgânico que tivesse sido testado quanto à ação antidetonante.
(...) O posto de gasolina Refiners Oil Co. em Dayton, OH, foi onde a primeira gasolina contendo tetraetilchumbo foi vendida a 1 de fevereiro de 1923.
(...) A gasolina etílica, que não produzia "knock", foi bem recebida pelos cientistas e pelo público automobilístico. Midgley recebeu reconhecimento imediato, sendo premiado com a medalha William H. Nichols pela Seção de Nova York da American Chemical Society em março de 1923.
Fonte: D. Seyferth, The Rise and Fall of Tetraethyllead. 2., Organometallics 2003 22 (25), 5154-5178